terça-feira, 10 de janeiro de 2012

"A tua solidão é tão vasta quanto a minha. Confessa
.
Tuas noites são povoadas por saudades. E memórias.

Tu também olhas pela janela nas altas madrugadas desejando um amor. Em segredo.

Tu também te perdes, caminhos errados, pessoas estranhas.


Ninguém desconfia das tuas angústias. Nem mesmo eu.

E então, com meia dúzia de palavras bonitas, mas difíceis, tu te desnudas. Sem querer?

Não te imagino intencional. És um aviãozinho de papel a vagar pelos ventos sem rumo.

Engana-te se achas que é possível ser terrivelmente feliz nestes esconderijos.

Abre-te para os encantos. É lá que moram os olhares encontrados,

a pele arrepiada,o pé que encosta no outro sem aviso. As mãos dadas.

Tu me encantas. Longe, perto, sem saber..."
(Paula Pfeifer)

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